Robótica chega à rede municipal de ensino de Vargem/SP
A Prefeitura de Vargem, interior de São Paulo, passa a oferecer aulas de robótica educacional para os estudantes do 6º ao 9º ano da rede municipal de ensino. “É a educação tecnológica presente em escolas particulares dentro da escola pública”, destaca Léo Alves, prefeito da cidade. “A tecnologia ajudará o estudante na aprendizagem e ainda resgatará o prazer pelos estudos, fazendo com que venham para a sala de aula”.
Isso não vai mudar apenas por trazer o aluno pra sala de aula, isso vai mudar o futuro das famílias, pois ele terá a oportunidade de sair da escola pública já com uma formação de robótica. E sabemos a importância disso para o currículo e para o futuro dos nossos estudantes.
Léo Alves, prefeito de Vargem/SP
Mais de 500 estudantes da EMEF Sargento Sebastião José Monteiro terão aulas do programa SIMROBÓTICA®, que estimulam o pensamento computacional e ensinam habilidades e competências importantes para desenvolvimento humano e tecnológico por meio de uma metodologia ativa. Nas aulas, os estudantes utilizam tablets e os conjuntos educacionais da LEGO® Education para realizar as montagens e programações propostas no caderno de atividades, tornando o aprendizado mais tecnológico, lúdico e divertido. “Agora temos o prazer de mostrar nossos materiais tecnológicos e falar para as mães: ‘olha, agora seu filho terá robótica na escola’”, relata Mônica Figueiredo, supervisora escolar. “Vai ser uma coisa revolucionária para o município e para os pais vai ser surreal”, descreve Letícia Manganelli, diretora escolar.
Claudio Donizeti Tavella Filho, diretor do Departamento de Educação, observa os desafios que a educação teve nos últimos anos e a importância de tecnologia na sala de aula. “Principalmente pós-pandemia a educação vem se transformando, não é mais lápis e caneta”, destaca. A robótica faz um novo marco na educação de Vargem, com mais interação e participação dos estudantes. “Eles estarão construindo juntos, um ajudando o outro, e saindo do modelo antigo de educação para um modelo atual”, afirma.
Com a robótica isso ficará bem evidenciado, com aulas dinâmicas e que tragam o aluno para dentro da sala de aula com vontade de aprender e curiosidade, despertando no aluno o que ele tem de melhor.
Claudio Donizeti Tavella Filho, Diretor do Departamento de Educação de Vargem/SP
Um dos principais diferenciais utilizados em aula é a “Cultura Maker”, no qual os estudantes constroem robôs e dividem diferentes funções para realizar tarefas práticas. Isso favorece o pensamento computacional e inúmeras outras habilidades comportamentais, organizacionais, socioemocionais, cognitivas e de comunicação, enriquecendo o processo de aprendizagem. “A robótica vai nos ajudar a desenvolver o raciocínio lógico nos estudantes de uma maneira mais divertida, em que o aluno consegue aprender de uma forma diferenciada”, conta Elaine Constante, diretora adjunta do Departamento de Educação.
Professores passaram por certificação
Como parte do plano de desenvolvimento, os educadores da rede estadual de ensino participaram de uma ampla certificação da SIM Inova®, desenvolvedora do SIMROBÓTICA®, que preparou os educadores para a vivência das aulas de robóticas.
“Eu e o corpo docente da escola passamos por esse aprendizado para depois levar aos alunos”, conta Bruno Pereira, professor de história, que já imagina formas de utilizar a robótica nas aulas: “Penso que é possível montar catapulta para falar da Idade Média e potencializar a imaginação dos estudantes”. Ideias que também já passam pela cabeça do professor Ben-Hur:
Nas aulas de ciências voltadas para a física, vejo o quanto poderei aproveitar questões de movimento e velocidade, colocando em prática aquilo que, de fato, era apenas teórico. A robótica veio para inovar e para ficar, e será algo inovador, tanto para nós professores, quanto para os estudantes.
Ben-Hur Alex Rossi, professor de ciências
Para Ana Raquel Fernandes, professora de língua portuguesa, a robótica é algo absolutamente novo para os educadores que, a princípio, ficaram apreensivos. “Mas nós somos professores e acreditamos na plasticidade cerebral”, afirma a educadora. “Foi muito bom aprender e será de grande valia em sala de aula, porque a educação vem se modificado com o passar dos anos e a gente permanecer estagnado seria um erro, estaríamos prejudicando demais os alunos”, pondera.
O projeto também conta com orientadores educacionais especialistas em robótica que acompanharão os professores e darão o suporte necessário ao longo do ano letivo.