SXSW 2025: futuro do trabalho exige aprendizado contínuo e interdisciplinaridade
A SXSW é um festival de inovação realizado em Austin, no Texas, que reúne uma série de atividades relacionadas à tecnologia, cinema, música, educação e cultura. Neste ano, o evento segue até 15 de março.
Considerado um festival triplo, a SXSW reúne três grandes áreas: SXSW Music, SXSW Film e SXSW Conference. Este último é dedicado a discutir o futuro da inovação, mídia e tecnologia.
Em 9 de março, Mike Bechtel, diretor administrativo e futurista-chefe da consultoria Deloitte, trouxe à tona reflexões como a automação, Inteligência Artificial e mudanças no mercado de trabalho estão redefinindo as habilidades que uma pessoa deve ter.
Ele palestrou sobre o tema Breadth is the New Depth (A amplitude é a nova profundidade), abordando como o conhecimento profundo em uma única área está cedendo espaço a uma abordagem mais ampla, valorizando o aprendizado contínuo e a conexão entre diferentes saberes. Ele citou alguns exemplos históricos, como:
Johannes Gutenberg (~1398 – 1468)
Inventor que combinou a prensa de vinho e a estampagem de moedas para criar a primeira prensa tipográfica.
Alexis Carrel (1873 – 1944)
Biólogo, ganhador do Nobel de Medicina, que aprimorou técnicas de sutura de tecidos com um curso de bordado.
A importância de aprender a aprender foi um dos grandes destaques, assim como de uma educação ampla a interdisciplinar. Bechtel ainda reforçou a importância da inclusão do A no STEAM. Antes, utilizava-se a sigla STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática), mas, mais recentemente, foi incorporada a letra “A”, formando STEAM, para incluir as artes na abordagem educacional, incorporando e equilibrando competências técnicas e áreas mais humanísticas na formação de pessoas mais criativas, críticas e adaptáveis.
A interdisciplinaridade, o estímulo à criatividade e metodologias que tornam a educação mais significativa fazem parte do programa SIMROBÓTICA®, que integra tecnologia, teoria e prática em seus materiais.
Por meio das aulas de robótica educacional, estudantes de escolas públicas brasileiras têm acesso a tecnologias que os transformam em protagonistas na busca pelo conhecimento, com o professor atuando como mediador dessas experiências.
O desenvolvimento de habilidades se intensifica quando as atividades são realizadas de forma coletiva e colaborativa, com revezamento de funções e em fases que conectam os alunos ao protótipo que estão construindo.